domingo, 5 de setembro de 2021

A beleza da pluralidade

 Como é bonito poder aprender com o outro


Pollyana Rocha se une ao clamor dos povos indígenas
Pollyana Rocha se une ao clamor indígena


No fim do mês de agosto, vivi uma experiência muito fascinante durante o exercício diário da minha profissão. Como jornalista, tenho a oportunidade de travar contato com pessoas, fatos, histórias diferentes. Isso é algo muito gratificante, principalmente quando essas vivências me ajudam a aprender com o outro.

Pude acompanhar um pouco da movimentação de povos indígenas na capital federal, Brasília, durante a mobilização Luta Pela Vida, um conclave de indígenas de várias etnias, quase 6 mil pessoas, juntas e pensando no coletivo. Ao mesmo tempo em que cada povo possui suas vestes, pinturas, rezas, cantos, adornos, eles agem irmanados em torno de objetivos comuns.
Povos indígenas na Praça dos 3 Poderes, em Brasília



Em paralelo ao meu trabalho de reportar os acontecimentos, eu sentia , como expectadora, toda a beleza, a força, o amor em cada dança, em cada canto, ritual. Ali, todos irmanados, conectados, mobilizados, na riqueza da diversidade desses povos  originários.

A espera paciente 

A reivindicação legítima


Vamos ser mais humildes para aprender?


Nós, seres humanos, realmente temos muita lição de casa para fazer, sabe? Eu sempre tive ensinamentos, inclusive em livros sagrados, sobre os males causados pela soberba, arrogância, orgulho. Na época da faculdade, estudei uma matéria que me fascinou bastante: antropologia.  Já ali, me dei conta de que é importante olharmos o outro, o que achamos diferente e praticarmos a humildade para aprendermos com esses seres, sem julgamentos, sem preconceitos, buscando beber da sabedoria, sermos tocados pela luz de cada uma dessas criaturas. Para isso, precisamos deixar de pensar que somos o " centro do Universo", a " única referência", a " única via possível". 

Num mundo e num universo imensos, seria até ingenuidade acharmos que não existem outras formas de ver a vida, de cuidar, de amar. Quando vi aqueles indígenas com um sentimento genuíno de amor à terra, à natureza , aos animais e aos seus parentes, me dei conta de como devemos respeitá-los e ser gratos pelos ensinamentos que esses irmãos nos passam. Amemos a terra e as pessoas. O amor é a força criadora e necessária para todos nós!.



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