sábado, 21 de março de 2020

O vírus que parou o mundo

As lições para aprendermos com a Pandemia


Não tem para onde fugir! O mundo só fala do coronavírus este personagem que conseguiu parar o mundo em uma velocidade assustadora e com resultados avassaladores! É impossível ver cenas como as dos caixões lacrados sendo levados em cima de carros do Corpo de Bombeiros na Itália e ficar insensível! Esta realidade cruel que alcança a todos nós, não faz acepção de nada: sexo, idade, nacionalidade, religião, orientação sexual, política, nada!!!

foto: Matthew Henry


Negligência ou irresponsabilidade?


A minha indagação não é com a intenção de acusar, mas sim, um chamado à reflexão: no ano passado vivemos uma situação no Brasil inusitada: o país viu voltar uma doença que há muito estava erradicada: o sarampo. Lembro do apelo feito pelos profissionais de saúde para que os pais e responsáveis acompanhassem com afinco as cadernetas de saúde, também conhecidas como cartões de vacinação de suas crianças. Uma prática que antigamente, era vista como algo quase sagrado pelos pais. Algo tão simples, tão básico, mas cuja importância foi deixada de lado, o que ocasionou uma explosão de casos e o retorno do temido sarampo ao nosso país. Na minha modesta opinião, negligência e irresponsabilidade são primas que caminham sempre juntas.

O que fazer?

Ninguém pode alegar ignorância ou desconhecimento do que precisa ser feito neste momento: distanciamento social, higienização de mãos, atenção redobrada caso precise sair de casa para não ser infectado e infectar quem você ama! Chega de soberba, chega de brincadeirinhas sem noção, chega de minimizar a gravidade da pandemia. Ela é real! Está matando sem dó nem piedade! O mínimo que podemos fazer é obedecer as recomendações e pedir que Deus tenha misericórdia de todos nós!

domingo, 8 de março de 2020

O direito à mobilidade urbana, um desafio mundial!

O mês de março começou diferente para os moradores de Luxemburgo, na Europa Ocidental. 


ciclista trafegando em via urbana sinalizada
Mobilidade deve incluir outros modais de transporte. Foto: Nicole De Khors


Desde o primeiro dia do mês, o país tornou gratuito todo o transporte público que circula dentro do seu perímetro. O benefício tem validade até a sua fronteira com os demais países
( França, Bélgica e Alemanha). Um feito quase inimaginável para nós que vivemos no Brasil, país onde muitas cidades são bem mais extensas do que o país de Luxemburgo que tem pouco mais de 2.500 quilômetros quadrados. Quando li  uma matéria falando sobre o assunto do transporte gratuito, uma informação em particular me chamou a atenção: o compromisso público do então candidato `a reeleição como primeiro-ministro , Xavier Bettel, com o meio ambiente.

O que mobilidade urbana tem a ver com Meio Ambiente?

Hoje, mais do que nunca, o conceito de Meio Ambiente está cada vez mais relacionado a bem estar e qualidade de vida. Na década de 90, falar de Meio Ambiente era algo muito mais genérico, as pessoas começavam a despertar para a importância do cuidado com a fauna, a flora, o clima, mas, com o passar dos anos, elas perceberam que preservar o planeta é também garantir o descarte correto dos rejeitos, investir em educação ambiental, valorizar a geração de energia limpa e também um transporte público sustentável e de qualidade e é aí que entra um conceito ainda mais amplo que é a mobilidade urbana. No fim das contas, tudo está interligado: qualidade de vida em um equilíbrio com o Meio Ambiente e todos os seus atores que caminha lado a lado com o bem estar, que por sua vez tem a ver com cidades mais sustentáveis, arborizadas, com transporte público e outras modalidades coexistindo em perfeita harmonia. Esse é o diferencial quando um agente público e suas equipes estão engajados numa causa maior.  Iniciativas planejadas e levadas a sério dão resultados e quando ficamos sabendo de casos como o do país europeu, nos perguntamos:
" Por que não conseguimos algo parecido aqui no Brasil?"

Compromisso e vontade de fazer

Sou jornalista e fiz uma matéria em 2019 abordando a questão do transporte público. Ouvi um arquiteto urbanista que abriu os meus olhos para este macro universo que é falar sobre mobilidade urbana. Ele me disse: " Mobilidade urbana não é apenas ter ônibus de qualidade, tarifas baratas, itinerários inteligentes. Engloba desde o planejamento dos bairros, das cidades, de alternativas de outros modais de transporte". O especialista me explicou sobre os Planos Municipais de Mobilidade Urbana que cada prefeitura teve que elaborar e como o assunto é complexo e cada vez mais urgente no nosso país. O grande problema é que nós, como cidadãos e cidadãs, deixamos muitas vezes as coisas " correrem solto": não pesquisamos, não nos inteiramos dos fatos e sem conhecimento fica difícil cobrar das autoridades que façam o que é a obrigação delas. Precisamos tomar as rédeas das nossas cidades e virarmos não só eleitores de ocasião, mas sim, protagonistas das conquistas que queremos!

E você, o que acha da mobilidade urbana na sua cidade? Na sua opinião, quais as medidas mais imediatas que precisam ser tomadas para melhorar este cenário? Conta pra gente!

Até a próxima postagem!!!