domingo, 8 de março de 2020

O direito à mobilidade urbana, um desafio mundial!

O mês de março começou diferente para os moradores de Luxemburgo, na Europa Ocidental. 


ciclista trafegando em via urbana sinalizada
Mobilidade deve incluir outros modais de transporte. Foto: Nicole De Khors


Desde o primeiro dia do mês, o país tornou gratuito todo o transporte público que circula dentro do seu perímetro. O benefício tem validade até a sua fronteira com os demais países
( França, Bélgica e Alemanha). Um feito quase inimaginável para nós que vivemos no Brasil, país onde muitas cidades são bem mais extensas do que o país de Luxemburgo que tem pouco mais de 2.500 quilômetros quadrados. Quando li  uma matéria falando sobre o assunto do transporte gratuito, uma informação em particular me chamou a atenção: o compromisso público do então candidato `a reeleição como primeiro-ministro , Xavier Bettel, com o meio ambiente.

O que mobilidade urbana tem a ver com Meio Ambiente?

Hoje, mais do que nunca, o conceito de Meio Ambiente está cada vez mais relacionado a bem estar e qualidade de vida. Na década de 90, falar de Meio Ambiente era algo muito mais genérico, as pessoas começavam a despertar para a importância do cuidado com a fauna, a flora, o clima, mas, com o passar dos anos, elas perceberam que preservar o planeta é também garantir o descarte correto dos rejeitos, investir em educação ambiental, valorizar a geração de energia limpa e também um transporte público sustentável e de qualidade e é aí que entra um conceito ainda mais amplo que é a mobilidade urbana. No fim das contas, tudo está interligado: qualidade de vida em um equilíbrio com o Meio Ambiente e todos os seus atores que caminha lado a lado com o bem estar, que por sua vez tem a ver com cidades mais sustentáveis, arborizadas, com transporte público e outras modalidades coexistindo em perfeita harmonia. Esse é o diferencial quando um agente público e suas equipes estão engajados numa causa maior.  Iniciativas planejadas e levadas a sério dão resultados e quando ficamos sabendo de casos como o do país europeu, nos perguntamos:
" Por que não conseguimos algo parecido aqui no Brasil?"

Compromisso e vontade de fazer

Sou jornalista e fiz uma matéria em 2019 abordando a questão do transporte público. Ouvi um arquiteto urbanista que abriu os meus olhos para este macro universo que é falar sobre mobilidade urbana. Ele me disse: " Mobilidade urbana não é apenas ter ônibus de qualidade, tarifas baratas, itinerários inteligentes. Engloba desde o planejamento dos bairros, das cidades, de alternativas de outros modais de transporte". O especialista me explicou sobre os Planos Municipais de Mobilidade Urbana que cada prefeitura teve que elaborar e como o assunto é complexo e cada vez mais urgente no nosso país. O grande problema é que nós, como cidadãos e cidadãs, deixamos muitas vezes as coisas " correrem solto": não pesquisamos, não nos inteiramos dos fatos e sem conhecimento fica difícil cobrar das autoridades que façam o que é a obrigação delas. Precisamos tomar as rédeas das nossas cidades e virarmos não só eleitores de ocasião, mas sim, protagonistas das conquistas que queremos!

E você, o que acha da mobilidade urbana na sua cidade? Na sua opinião, quais as medidas mais imediatas que precisam ser tomadas para melhorar este cenário? Conta pra gente!

Até a próxima postagem!!!

2 comentários:

  1. Muito bem abordada esta questão da mobilidade. Soluções existem, mas precisam ser adotadas. Acho que a primeira ação seria escolher melhor os prefeitos.

    ResponderExcluir
  2. Muito bem abordada esta questão da mobilidade. Soluções existem, mas precisam ser adotadas. Acho que a primeira ação seria escolher melhor os prefeitos.

    ResponderExcluir