quinta-feira, 25 de março de 2021

Desacelere

 Uma parada para desacelerar





Pode parecer uma redundância o título acima mas, não é. Sabe quando você corre, mas corre tanto que te faltam forças e até ar para continuar?  Por isso que falei de parar para desacelerar.... Você já percebeu como vivemos num mundo acelerado?  Todos correm: carros, os relógios, as pessoas e as horas? Tem dias que parece que elas voam, não é? 

Essa semana, eu lembrei de um filme que assisti na época da faculdade, um documentário chamado Koyaanisqatsi. Esta palavra é numa língua chamada Hopi, falada por uma nação indígena do Nordeste do Arizona, nos Estados Unidos. A palavra que dá nome ao filme, significa algo como " vida fora do equilíbrio",  "confusão", " Vida fora do controle". Com direção de Godfrey Reggio, este documentário de 1982 está mais atual do que nunca! 



Eu tento me lembrar das sensações que tive durante a exibição dele e depois. A obra não tem diálogo, só cenas, música e sons. O que mais me impactou foi a correria das pessoas, o andar acelerado em alguns momentos, o ritmo frenético em outros, e nós ali, espectadores de uma realidade vista sob outra perspectiva. 

Uma parada para reflexão





Relembrando desse filme e olhando para  o cenário atual  do mundo em tempos de pandemia, comecei a pensar: Por que a gente corre tanto? Qual o sentido de tanta pressa, tanta agonia, tarefas a serem cumpridas? É como se, de alguma forma,  a gente quisesse controlar o transcorrer dos acontecimentos, quisesse de alguma maneira ter as rédeas da nossa vida e nós sabemos que não é bem assim. Será que tanta correria no fundo, no fundo, não esconde uma certa vontade de fugir de si mesmo, dos problemas, da cobrança dos outros, da auto cobrança...Afinal, sem tempo para " parar" fica mais fácil ir  driblando as nossas "sombras", as coisas que não queremos que ninguém saiba que somos ou temos escondidas dentro de nós.

Olhar para dentro


 E nessa época de pandemia que estamos enfrentando, na qual o mundo está sendo obrigado a parar e olhar para si mesmo, cada um de nós, quem sabe a gente não esteja sendo convidado a parar para nos ouvir, nos aceitar e nos entender um pouco mais.



terça-feira, 9 de março de 2021

Aprendizado contínuo - Infinitas Possibilidades

 

Um dia eu ouvi uma frase que, no contexto e local nos quais me encontrava era, no mínimo, enigmática. A frase era a seguinte: " O Conhecimento é inchaço".  Naquele momento, eu vivia uma fase de descoberta espiritual e via no enunciado um significado específico de que buscar aprender coisas em excesso, ir atrás de informações que agreguem valor ao indivíduo era uma atitude desafiadora aos preceitos da religião que eu seguia.  Mas, em 2020, ano do surgimento da pandemia, descobri algo que representa um divisor de águas, pelo menos na minha vida: a ciência da consciência, um termo muito utilizado pelo físico Amit Goswami, um dos maiores divulgadores da Física Quântica no mundo. Movida pela curiosidade, comecei a estudar esta ciência e, aos poucos, me permiti ir mais e mais fundo e descobri o quanto apaixonante é esta viagem para alcançar a expansão da Consciência.



Espiritualidade e Ciência juntas

Esta proposta desafiadora é uma discussão que acontece, como se diz no jargão popular, " Desde que o mundo é mundo". Mas, quem disse que as duas são antagônicas ou contraditórias? Cada vez que nos permitimos ter a postura de um cientista, conhecer, investigar e não julgar, descobrimos que lá na origem de tudo, ambas estão conectadas, da mesma forma que todas as coisas que existem. É como se colocássemos todas as coisas, todos os seres sob a lente de um imenso microscópio e víssemos que a origem de tudo é uma só. Alguns chamam de Deus, outros de Inteligência Infinita, outros de Consciência Una, o TODO e por aí vai! Mesmo com as discussões para dar nome a quem ou o quê criou tudo despertam, eu me pergunto do alto da minha inocência como andarilha neste mundo: Será que este Criador(a) se importa mesmo de que nome irá receber de quem quer que seja? Isso vai impedir o agir DEle(a) em todas as coisas? Na minha tosca percepção, acredito que não.

 

Conhecimento que impacta vidas


Quando mantemos contato com termos muito usados na Psicologia, Psicanálise, Terapias Holísticas, Programação Neurolinguística, nos "tocamos" de que, no final das contas, todo conhecimento agrega sim e pode, desde que a pessoa queira e se permita, impactar a vida dela e de muitos ao seu redor. Um destes termos é a famosa "zona de conforto" que pode trazer esta sensação para o nosso ego que adora uma mordomia e é bem preguiçoso, mas é um verdadeiro desastre para a realização pessoal e crescimento. Antigamente, eu via com maus olhos e até um certo preconceito quem era muito " agitado", "inquieto" , "elétrico", mas pessoas assim dificilmente ficam estagnadas na tal zona de conforto. Hoje em dia, tiro o chapéu para elas e tenho em pessoas assim, verdadeiros modelos de motivação.

Para mim em particular, a pandemia, aliada a outros fatores como mudança de cidade, permitiu que eu ousasse e buscasse aprender coisas novas. Hoje em dia faço tanta coisa que jamais imaginei até que existiam.. Veja você como meu mundinho era ainda mais estreito....E continuo aprendendo, descartando aos poucos os tabus, preconceitos, crenças limitantes e estorinhas da Carochinha para seguir na jornada das "Infinitas Possibilidades".