terça-feira, 10 de novembro de 2020

A imensidão do mar

Declaração de amor ao mar


Já dizem as primeiras palavras da bela canção de Dorival Caymmi: " O mar quando quebra na praia é bonito, é bonito "...Lembro da primeira vez que vi o mar num passeio feito até a Baixada Santista no início dos anos 90. Eu, caboclinha amazonense acostumada à grandiosidade magnética das águas do rio Negro, do Solimões e do Amazonas, apenas para citar alguns lá da minha terra, fiquei simplesmente apaixonada pelo mar!!!


Eu fiquei intrigada com o movimento sincronizado das ondas constantes, o som delas quebrando na areia, a espuma se esparramando....E o aroma? Aquele cheiro desconhecido e intenso, muito diferente do que eu estava acostumada a sentir....Mas o mar estava apenas se apresentando meio que timidamente a mim naquela viagem curta de Santo André a Santos, ele reservava ainda encontros bem intensos comigo.

Durante um carnaval, fui acampar em uma praia chamada Barra do Una, no litoral norte paulista, e ali vi a força do mar. Eu fiz questão de caminhar pela extensão da praia, sentir a areia e colher algumas conchas para trazer de recordação. Nisso, acabei me distraindo e não percebi que estava bem perto da água. Quando dei por mim, senti um impacto forte e comecei a ser sacudida num turbilhão de água salgada que depois me empurrou de novo para a margem. Depois do susto e dos arranhões nos joelhos, virei para o mar e disse: meu respeito a você, que força incrível!!! E que experiência avassaladora!!!



O mar também me convida sempre a refletir sobre a vida e a agradecer. Ele me inspira respeito e veneração. Sua água salgada é como uma fonte purificadora e energizante. O mar é um espaço, a meu ver, democrático. Existem as águas calmas, as praias com ondas mais agressivas e agitadas, as piscinas naturais....Tem mar para todos os gostos, isso demonstra como ele é versátil! Para mim, ele é inspirador e apaixonante!!!


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